 |
Formandas nas praticas |
Como forma de ilustrar como um empreendedor gere seu negócio, a
Escola Superior de Negócios e Empreendedorismo de Chibuto (ESNEC), entidade
facilitadora na formação das trinta mulheres oriundas dos distritos de Guijá e
Mabalane, entretê mulheres através de jogos que visavam ensinar sobre as
diversas formas de gestão de um empreendimento, incluindo os factores internos
de comunicação e coordenação que regulam o sucesso de qualquer negócio.
Num dia caracterizado por exercícios, sessões de vídeo e
elaboração de planos de negócios, a ONU Mulheres desafiou no percurso da
formação, para a entrega das mulheres na recolha das novas aprendizagens e
a fazer mais para que desenvolvam competências que possam ajudá-las no processo
de crescimento e gestão dos seus negócios.
 |
Praticando |
Boaventura Veja, da ONU Mulheres, instou as mulheres para que criem
redes de cooperação, por forma a trocar experiências, proceder compras e
vendas em grupo, bem como a defesa de interesses comuns para facilitar o
aprimoramento das suas actividades. Aliás, Veja faz
tal comentário numa altura em que os facilitadores da formação, olham
para o factor acesso a informação sobre os mercados como a chave
para o sucesso de qualquer negócio.
Constâncio Machanguana, facilitador da ESNEC, disse não haver formas
para alcançar sucesso no negócio senão através da entrega, qualidade dos
produtos, serviços, e acima de tudo a identificação de cada um no trabalho que
faz. Este comentário surge no sentido de críticas a certas atitudes de mulheres
que no processo de vendas mostram menos motivação no que fazem, facto que
segundo Machanguana, pode intervir na forma como cada uma atende aos seus
clientes e produz resultados.
“Saber gerir os vossos clientes poderia permitir
excelência no negócio. Mas há um facto aliado a isso. Ser asseado, manter o
espaço limpo, saber fazer promoção dos produtos, ter boas maneiras e ser
simpática com o cliente, é fundamental para o sucesso do vosso negócio” disse.
Machanguana vai mais longe e diz que quando uma empreendedora
entrega-se no seu trabalho não precisara dizer que os seus produtos são de
qualidade, porque as pessoas vão observar, permitindo fidelizar os clientes que
se identifiquem com o negócio que se faz.
“Precisam perceber que antes de pensar-se no produto a ser
vendido, deve-se pensar na partilha de ideias com os clientes para melhor
perceber suas necessidades e o que pode ser comprado” explica reforçando a
ideia de interação negociante-cliente de forma a criar uma cumplicidade que
faça o cliente não abster-se do seu vendedor.
 |
Formandas em aulas |
Na visão de Mery Mondlane Fiel, facilitadora do ESNEC para a
formação, as mulheres precisam criar associações para melhor organizar seus
negócios e aceder a oportunidades e serviços de apoio ao empreendedorismo.
Porém, Mondlane Fiel faz menção ao factor gestão da empresa como uma ferramenta
inalienável para o fortalecimento do negócio, daí que refere-se no conhecimento
da tecnologia, importação, contacto com fornecedores, como
elementos indispensáveis na máquina de fazer um bom negócio. “No
negócio o que importa é o cliente e a qualidade do produto” esclarece. A
formação com as trinta mulheres estende-se até sexta-feira, altura em que será
feita a entrega de certificados às formandas.
Sérgio dos Céus Nelson