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Formanda |
Nos
últimos anos, o papel da mulher na sociedade ganhou um impacto significante,
seja no processo de tomada de decisão, assim como nos processos de geração de
renda que permita o desenvolvimento sustentável do país.
Por
forma a instruir, capacitar e acompanhar as mulheres no processo de produção, a
ONU Mulheres, realiza formações sobre gestão de negócios e empreendedorismo, no
distrito de Chibuto, Província de Gaza, a trinta mulheres que actuam no sector
de produção de pão (padarias).
A
formação tem como objectivo desenvolver competências capazes de impulsionar o
crescimento do negócio de mulheres, através do desenho e implementação de
estratégias de crescimento exequível e alinhada com os problemas vividos nas
comunidades onde os negócios estão focalizados.
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Facilitadora |
Segundo
Mery Mondlane Fiel, facilitadora da formação, é importante que as mulheres
saibam perspectivar o futuro do seu negócio, mas para tal ela invoca a necessidade
de compreensão, por parte das mulheres, dos processos para que o seu negócio
seja reconhecido legalmente e granjeie bons resultados.
“Esta
formação visa dotar as mulheres de competências de negócios, empreendedorismo,
e acima de tudo facilitar o crescimento do seu negócio” disse, acrescentando
que para que isso seja possível, é importante que elas saibam fazer um plano de
negócios que é a chave para o melhor aproveitamento das vendas.
Numa
perspectiva legal, Lúcia Isaura Munguambe, técnica profissional de Turismo no Serviço
Distrital de Actividades Econômicas (SDAE), defende ser importante que as
mulheres percebam a necessidade de registrar os seus negócios, por forma a
dinamizar o seu próprio crescimento. Aliás, Munguambe tece seu pensamento no
sentido de fazer perceber que “vender pão não é proibido, mas é importante
estar-se legalmente reconhecido para melhor desenvolver as actividades”.
Das
trinta mulheres que fazem parte da formação, nenhuma tem acesso ao Fundo de
Desenvolvimento Distrital (FDD), apesar de declararem que já concorreram para
tal, mas nunca tiveram resultados satisfatórios. Facto este que segundo Mery
Mondlane deve-se a falta de organização e justificação dos objectivos dos projectos.
“É
importante ter objectivos de negócios da empresa para mostrar credibilidade e
confiança do governo para que possa facilitar o acesso ao FDD” explica.
As
participantes esperam ter mais conhecimentos sobre como melhorar as suas
actividades, granjear lucros, fazer poupança, técnicas de venda e acesso ao
financiamento, assim como as técnicas de processamento. Um facto não menos
importante é que as mulheres reclamam pelos preços elevados dos produtos, em
especial do trigo, o que dificulta garantir uma educação com qualidade para os
seus filhos, assim como perspectivar o futuro do seu negócio.
Sérgio dos Céus Nelson
1 comentários:
Write comentáriosA iniciativa é boa. Oxalá não termine no distrito de Chibuto
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