terça-feira, 7 de junho de 2016

ONU Mulheres forma mulheres em gestão de negócios e empreendedorismo

Formanda
Nos últimos anos, o papel da mulher na sociedade ganhou um impacto significante, seja no processo de tomada de decisão, assim como nos processos de geração de renda que permita o desenvolvimento sustentável do país.
Por forma a instruir, capacitar e acompanhar as mulheres no processo de produção, a ONU Mulheres, realiza formações sobre gestão de negócios e empreendedorismo, no distrito de Chibuto, Província de Gaza, a trinta mulheres que actuam no sector de produção de pão (padarias).
A formação tem como objectivo desenvolver competências capazes de impulsionar o crescimento do negócio de mulheres, através do desenho e implementação de estratégias de crescimento exequível e alinhada com os problemas vividos nas comunidades onde os negócios estão focalizados.
Facilitadora
Segundo Mery Mondlane Fiel, facilitadora da formação, é importante que as mulheres saibam perspectivar o futuro do seu negócio, mas para tal ela invoca a necessidade de compreensão, por parte das mulheres, dos processos para que o seu negócio seja reconhecido legalmente e granjeie bons resultados.
“Esta formação visa dotar as mulheres de competências de negócios, empreendedorismo, e acima de tudo facilitar o crescimento do seu negócio” disse, acrescentando que para que isso seja possível, é importante que elas saibam fazer um plano de negócios que é a chave para o melhor aproveitamento das vendas.
Numa perspectiva legal, Lúcia Isaura Munguambe, técnica profissional de Turismo no Serviço Distrital de Actividades Econômicas (SDAE), defende ser importante que as mulheres percebam a necessidade de registrar os seus negócios, por forma a dinamizar o seu próprio crescimento. Aliás, Munguambe tece seu pensamento no sentido de fazer perceber que “vender pão não é proibido, mas é importante estar-se legalmente reconhecido para melhor desenvolver as actividades”.
Das trinta mulheres que fazem parte da formação, nenhuma tem acesso ao Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), apesar de declararem que já concorreram para tal, mas nunca tiveram resultados satisfatórios. Facto este que segundo Mery Mondlane deve-se a falta de organização e justificação dos objectivos dos projectos.
“É importante ter objectivos de negócios da empresa para mostrar credibilidade e confiança do governo para que possa facilitar o acesso ao FDD” explica.
As participantes esperam ter mais conhecimentos sobre como melhorar as suas actividades, granjear lucros, fazer poupança, técnicas de venda e acesso ao financiamento, assim como as técnicas de processamento. Um facto não menos importante é que as mulheres reclamam pelos preços elevados dos produtos, em especial do trigo, o que dificulta garantir uma educação com qualidade para os seus filhos, assim como perspectivar o futuro do seu negócio. 


Sérgio dos Céus Nelson 

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Frente aos factos

Sobre o autor do blog

Sérgio dos Céus Nelson

Communication Officer at Lúrio University Journalist. Freelancer. Activist of Human Rights. Photographer

Communication and information specialist. Journalist. Writer. Screenwriter. Researcher. Motivator. Volunteer.

Founder of the Association of Environmental and Human Rights Journalists - AJADH and the Literary Association of Arts and Culture of Mozambique (ALARCUMO).

Contact: (+258) 829683204 or 846065018/879877312

Skype: Sérgio dos Céus Nelson

Journalist with Honorable Mention in the International Prize for Human Rights Journalism, by the Association of Public Defenders of the State of Rio Grande do Sul (ADPERGS) - Brazil.

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1 comentários:

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8 de junho de 2016 às 08:31 delete

A iniciativa é boa. Oxalá não termine no distrito de Chibuto

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