A arte de saber
identificar oportunidades não tem espaço, não tem tempo, não tem aviso e nem
mesmo limitações. Precisa-se somente ser criativo e enquanto os outros olham
para o vulgar, precisas ter um olhar de lupa, capaz de enxergar as pequenas
coisas que as outras pessoas não as vêem como alternativa de negócio ou de
prosperar nas suas vidas.
Acordei hoje pensando,
hipoteticamente, num leão vegetariano. Nem sei se ele existe, mas se provavelmente
existir, deve sofrer críticas, represálias por parte do seu bando, dos seus
progenitores que o olham com olhos de um traidor, diferente, e um defeito no
meio de sua espécie que é carnívora e vê alimento em tudo que se movimenta.
Falo do leão vegetariano
para te fazer perceber a “gravidade” de escolheres ser diferente. Porque se tu
fores diferente, muitos te vão olhar como ameaça aos seus ideais/natureza, vão-te
perseguir, vão-te admirar, vão-te convidar a encontros, vão-te deixar de lado e
vão tentar ofuscar a tua imagem. Mas o maior valor disso é que tu tens a
capacidade de olhar com olhos de ver e acima de tudo de traçar os caminhos que
te farão sorrir futuramente, quando puderes provar o sabor da tua conquista.
Mas até lá, terás um caminho repleto de combates por enfrentar.
Muitos acreditam
somente em seguir os sonhos, independentemente de qualquer infracção que possam
cometer. Eu sempre acreditei na honra, porque a honra nos identifica como
merecedores do que adquirirmos. A honra faz de nós honestos e transparentes
naquilo que lutamos para ter. Mas uma coisa é certa: a honra é algo que se
nasce com ela, não se adquire, mas pode ser perdida se não soubermos nos
comportar e ser fieis a nossa palavra.
Alguns eventos da
vida nos enfraquecem de tal maneira que esquecemos de onde viemos e para onde
vamos. Tais eventos são como os dentes da criancice, eles sempre caem e deixam
a nossa boca um vazio. Mas quando se é criança pode-se ter ainda a esperança de
ver um novo dente, mas quando se é adulto, idoso, a única opção se não
quisermos estar com a boca um campo aberto, só se pode optar pela dentadura.
Falo
metaforicamente do dente para fazer perceber que pode haver sempre uma nova
chance para remodelar os nossos sonhos, redefinir as nossas ambições. Mas nem
sempre poderemos ter a tal oportunidade, por isso é sempre importante viver ao máximo
o emprego que tu tens. É importante que te identifiques e sejas o melhor (no
que tu fazes) no meio dos seus colegas, porque é isso que no final fará de ti
um modelo, um exemplo a seguir.
Perceba uma coisa: Se
quiseres uma parte da victória, tens que lutar por ela. Mas não esquece, quando
se perde uma batalha nem sempre se terá aquela força para voltar a correr
novamente, porque começar de novo não é coisa fácil a se fazer quando se perdeu
tudo. Mas temos que dar a volta por cima e refazer os nossos planos, porque não
se constrói um destino fugindo dos nossos medos.
Não desperdice nada
que tu gostas em detrimento da outra. Apenas saiba o momento certo de dar atenção
a uma delas. Se gostas de ver jogos de futebol nas segundas-feiras, então saiba
que só podes ver no horário do intervalo se fores um trabalhador. Então perceba
quando fazer algo, sem necessariamente abdicar-se da outra.
Assim como nunca
existirá um país soberano enquanto estiver dependente economicamente de um
outro, também nunca concretizarás o teu sonho esperando que as pessoas te
ensinem a dar prioridades e a decidires sobre o que tu queres conquistar.
É importante
perceberes que quando não se tem como sobreviver, a ambição é o melhor caminho
para fugir do sofrimento, digo isto porque se tu não tens “nada”, se não tens
um emprego, uma amizade confiável, é porque ainda tens muito que provar as
pessoas que com elas convives. O mundo é assim. Precisamos viver cada minuto
sabendo que tudo o que fazemos tem repercussões no pensamento do outro que
assiste os nossos passos.
Não duvides: cada
um na vida tem uma oportunidade de brilhar e mostrar o seu potencial. Mas tens
que perceber também que é impossível não ter nenhuma razão que não possamos
lutar por ela, daí que é importante perceber que muitas vezes precisamos ter em
mente os motivos que nos fazem ir a batalha, para melhor nos comprometermos e
estarmos firmes nas nossas lutas. Pois, se lutas sem saber a quem queres
libertar, ou se tens um motivo para lutar, com certeza senão fores a perder,
vais desistir facilmente da batalha. Assim como o individuo que aceita a
ergofobia, mesmo tendo diversas oportunidades de emprego na sua frente: Tudo
tem a ver com o foco que cada um tem nas coisas que almeja conquistar.
Fica difícil agradecer
pelas coisas pequenas quando se tem um infinito poder nas mãos, mas é
importante perceber que há momentos (por exemplo de crise) que 50 centavos
podem ter mais valor do que mil meticais em tempos de bonança, pois é em
momentos de crise que as pessoas abrem suas carteiras com parcimónia e muitas
das vezes podem não te emprestar nenhum valor porque elas também estão sem
muitos fundos.
Perceba que ser
único é uma dádiva que nem todos podem ter, mas ser vulgar é a consequência
aceitada da civilização. Então não se misture muito na civilização ao ponto de
esqueceres quem tu és. Viva a sociedade, mas nunca deixes de viveres quem tu és
de verdade. Mas tenha atenção: Não mude porque queres mostrar as pessoas que és
capaz de o fazer. Mude porque é necessário ou porque tens motivos de mudar,
seja de atitude, ou de um pensamento.
Muitas vezes
falhamos porque ignoramos o que o mundo diz sobre nós, mas é importante saber
que ao escutarmos o que o mundo diz sobre nós pode ser a oportunidade para
limarmos os nossos defeitos.
Nunca é demais
reconhecer que perdeste as forças e que não sabes por onde continuar, pois isso
faz parte de um bom lutador que se redefine e traça novas estratégias para
lutar contra o seu maior inimigo ou alcançar o prazer/objectivo desejado.
Por vezes
precisamos ter a determinação de Amyr Klink (primeiro a atravessar o oceano atlântico
num barco), porque fazer coisas nunca feitas, ter uma ousadia de arriscar tudo
que se tem por um único objectivo, fazer aquilo que nos acreditamos, fazer
aquilo que nos fará sentir-se felizes e realizados é a melhor chave que se pode
ter quando se almeja o sucesso.
Se fores um
trabalhador, não te prendas no salário como o primeiro factor. Eu olho para o salário
como o 4º elemento que faz com que eu permaneça numa empresa. Antes dele (o salário),
há factores como a inovação/motivação, o desafio e a perspectiva de crescimento
profissional que fazem-me sentir-se motivado na empresa onde trabalho. Perceba que
ter esse pensamento pode-te facilitar a seres mais profissional, a teres
vontade de crescer profissionalmente a alcançares bónus do teu trabalho.
O
segredo de ser vitorioso não reside somente no sucesso, mas sim nas pequenas superações
e desafios enfeitados de muita luta que nos fazem ser mais firmes e vorazes no
que queremos.
Sérgio dos Céus Nelson
